domingo, 2 de novembro de 2008

A HISTÓRIA DA AZENHA
A data da construção da azenha primitiva remonta provavelmente ao século XV ou XVI.
Sabe-se que era atarracada e de dimensões reduzidas. O seu aparecimento surge após a revolução do milho introduzido no nosso país no século XV, com proveniência do continente americano, apesar de já na altura ser de fundamental importância e necessidade para a moagem do centeio, trigo e milho-alvo, principais culturas da época e da região.
Sabe-se que no século X houve a maior propagação dos moinhos e azenhas por toda a Península Ibérica, bem como, que este engenho era da pertença da Casa de Belinho que foi fundada no século XIII, passando, mais tarde, para a Quinta do Ferreiro, também do século XIII.
Nas “Memórias Paroquiais” de 1758, o protagonista descreve que o rio Neiva só era navegável estando preia-mar até ¼ de légua devido aos açudes das azenhas, ora, a 2ª açude a contar da foz pertence a esta azenha.
Foi no lugar da Guilheta, onde está localizada a azenha, que se encontraram os vestígios mais antigos dos nossos antepassados: os picos asturienses (antas e as mamoas do Monte de Antas e da Caixa d’água, o cemitério de Talhós, as suas cistas e os seus vasos campaniformes).
Do outro lado do Rio, vemos imponente o Monte do Castelo, aonde existe vestígios do “aldeamento de casas redondas” de que falam as “Memórias Paroquiais” de 1758.
Segundo rezam as crónicas, em Maio de 1868, houve a maior cheia de que há memória, que destruiu quase todas as azenhas e engenhos que existiam nas margens do rio. Outra cheia, a 14 de Dezembro desse mesmo ano, destruiu a ponte romana que ficava a norte da Azenha da Carvalha, onde ainda se podem ver vestígios e por onde passavam os peregrinos para Santiago de Compostela. Por essa altura e segundo rezam as “memórias” todas as azenhas foram reconstruídas pelos proprietários. Nesse local, actualmente construiu-se o engenho de serração e uma casa para eventos.
Sabe-se também que o formato actual desta azenha teria sido traçado na década de quarenta.

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